E3 2017 - Resenha
Boa tarde povo.
Como eu prometi e promessa é sempre dívida, tá aqui a minha análise da Eletronic Gaming Conference 2017, conhecida popularmente como E3. Primeiramente (tá a esquerda copiou isso de mim) foi a maior de todos os tempos. Foram apresentados mais de 400 jogos novos que irão sair no mercado até 2018. Com um imenso poderio (ta certo, poderia ter sido melhor) das maiores softhouses do planeta.
A verdade é que por quatro dias, se não ouviu da E3, você não era desse planeta. Nunca, jamais em todos os tempos uma convenção foi tão ovacionada pelo público e esperada (ser NERD hj é um imenso orgulho). Eu me lembro quando tudo começou (eu e meu atari, meu atari e eu) e NUNCA MANO...iria imaginar que iria chegar a esse nível. Estamos vivendo sem dúvidas meus amigos o auge da história dos Eletronic Games. Nunca os video games foram tão endeusados (e com isso os seus jogadores) e tão noticiados na midia comum e especializada. Sério não época como essa para os geeks e gamers.
Bom mas...o objetivo aqui é fazer uma resenha. A verdade é que essa E3 foi a conferência das surpresas e da comprovação do trabalho bem feito. Logo de cara saltam grandes jogos como Vampyr, Anthem (de longe o melhor jogo), Metro Exodus, Forza Motorsport 7 (com gameplay e gráficos de outro planeta), The Evil Within 2 (simplesmente remodelando o estilo terror), Wolfenstein 2, Metroid Returns e God of War (uma surpresa em vários aspectos).
Multiplataforma (imagino melhor no X), independente e
uma das surpresas dessa E3
Como eu disse, trabalho bem feito. E vamos começar com a caixa de ferramentas. Que fique a lição pra Sony, somente marketing (seja positivo ou negativo) sem trabalho, de nada adianta para os jogadores. Por sorte galera, vocês tem uma mãe de público (que parece a torcida do Corinthians de tão fanático) e que está com vocês na vitória e na derrota, usem isso e parem de enganar seus jogadores.
É medo ou desespero? Vcs devem ser cegos.
Meu objetivo aqui não é julgar ninguém (tanto que to me apetecendo só de noticias relacionadas a minha galera ultimamente), mas é complicado lutar contra fatos, e eu galera sou um jornalista livre que não é pago por nenhuma delas, por isso posso dar a minha visão dos fatos como eu os vejo. Tenho amigos em todos os lados por isso, não vou fazer disso um campo de batalha, a internet já ta cheia disso.
O primeiro dia foi apenas um prenuncio para a batalha que viria. A conferência da EA deixou todo mundo com aquele gosto na boca pra a conferência da Microsoft e seu XBox. Poucos jogos, apenas os de costume, o novo Need for Speed com gráficos em 4K (a nova era da resolução gamer), um novo Call of Duty ambientado na segunda guerra mundial, com direito também a um novo simulador de futebol Fifa e um jogo oficial de Futebol Americano. Também tivemos um novo e reformulado jogo para os amantes do basquete da NBA. Sem esquecer um gameplay nervoso do Star Wars Battlefront 2, com direito a batalhas com naves, clones e siths. E um prelúdio de Anthem, mas só um gostinho.
Gráficos impressionantes e muita perseguição marcam Payback
Pois bem. A sorte estava lançada. E domingo dia 11 era o dia mais esperado.
Afinal todos sabiam que não se tratava apenas de uma conferência de uma softmaker, era o anúncio oficial ao mundo de um novo (e pelo marketing, revolucionário) console. E foi. A Microsoft não fez firula. Mostrou trabalho. Em poucos anos, o XBox (projeto que saiu dos escombros do lendário Sega Dreamcast e Saturn) se tornou a maior pedra (e que pedra) no sapato da poderosa zaibatsu Sony. Em apenas 10 anos, o console se tornou a SBT dos games. É popular, respeita seus jogadores e dá a eles serviços e ferramentas fiéis e confiáveis.
Pois é. Quando Phil Spector (criador da franquia Deus Ex e head do XBox há anos) subiu no palco, a platéia já sabia o que ia vir. O Projeto Scorpio (que já tava assustando só com os boatos) mostrou a nova realidade do mundo dos games. Simplesmente um monstro, o XBox One X mostrou pro mundo todo que não era papo, era o apocalipse. Com inacreditáveis 6 Teraflops de processamento e 12 gb de ram, atropelou os sonhos de qualquer concorrência com a softhouse (fora o preço que apesar de salgado, é justo), isso fora que deixa até inviável a compra de um PC Gamer no mesmo preço. Desfilando uma série de jogos, muitos exclusivos e independentes, a Microsoft mostrou a fãs alucinados e a haters incautos a maldade que tinha preparado.
Anthem. Simplesmente fantástico
Mas não foram somente o novo console. Após uma caralhada de jogos (pra todos os gostos, com qualidade estupenda e pra todos os estilos) a Microsoft deu mais um tiro de 12 na concorrência ao anunciar a retrocompatibilidade total de seu console. Phil Spector com um sorriso de orelha a orelha daqueles quando o Coringa consegue causar o caos em Gotham City, disse que agora os fãs da plataforma tinham também acesso a primeira (e estupenda) geração do console, de graça. Um verdadeiro presente de natal antecipado para os fãs que praticamente fizeram o palco quase vir abaixo.
Obrigado Phil. Dá realmente orgulho dizer que somos fãs seus
Antes que alguém fale, "ah essa é a opinião de um caixista", o que estou fazendo aqui é justiça. É imparcialidade. O XBox (por fora é claro) permite hoje a você jogador jogar clássicos como Shenmue (por emulador) jogos 2d e pela nova retro, Black (pq não?), Halo Combat Evolved (que eu imagino que vai ser dos primeiros) e outros, outros e muitos outros. Isso fora o anuncio da Live Pass (uma espécie de Netflix dos games do Xbox) por um preço que será justo e um console atual que ainda vai ter anos de vida. Eu tenho ou não motivos pra orgulho?
Bueno segue o jogo. Após o término da conferência do dilúvio (podemos chamar assim) veio a da Bethesda, famosa por sua nova roupagem do jogo Fallout e seu Elder Scrolls que dispensa qualquer tipo de descrição. A soft foi rápida no gatilho e disse a que veio com novos e impressionantes jogos como o novo Wolfenstein, com uma história assustadora de uma realidade com a vitória do nazismo, e o esperadíssimo The Evil Within 2 de Shinji Mikami, a cabeça que criou Resident Evil, com uma atmosfera pesadíssima e gráficos em 4K estonteantes.
Cenários de horror em um jogo impressionante
Mas a conferência tava só começando. E é claro que todos esperavam somente uma coisa, a tal conferência da zaibatsu sony. E foi o que vcs viram....kk. Bom vamos analisar de forma fria.
Na segunda exatamente as 18 hs (tá com algum atraso), e com um vídeo do novo Gran Turismo (somente vídeos, ao contrário do incrível Forza 7 que foi gameplay) em um suntuoso auditório, teve inicio a E3 da Sony. Pra começar a zaibatsu adotou um estilo um pouco cinemático, porém muito enfadonho, mas puxado ao espetáculo que a mostra dos jogos em si. Foram poucos jogos, bem poucos msm. Começaram com uma apresentação do recurso VR do novo PS4 Pro, muito interessante, mas claramente uma alusão ao Kinect (a propósito criado por um brazuca) do XBox e ao nunchuck do antigo e saudoso Nintendo Wii, fica aquele gostinho de que a Sony demorou pra perceber que a idéia era boa, mas de qq jeito vale a intenção.
O novo recurso 3D para a plataforma.
Bom mas podia ter sido mais cedo.
Continuando...daí com muito jogo de cena e teatro, começaram os jogos. O primeiro realmente já esperado (mesmo com lançamento muito atrasado, infelizmente em todos eles) foi Days Gone, um shooter de zumbi que lembra o bom Dying Light e o filme Guerra Mundial Z. Blockbuster de respeito porém claramente prejudicado no gráfico (ficou claro, a sony não tem o 4K). Pra não ficar muito extenso, eu vou me ater a que eu mais gostei.
Boa proposta. Mas perde feio para o State of Decay pelo gráfico chapado
Nessa altura do campeonato, já tinha passado trinta minutos entre orquestra, mestre de conferência e outras enrolações. E depois de Days Gone foi anunciado mais um remake, esse de peso. Shadow of the Colossus se juntava a coleção interminável de remakes e remasters da empresa, mas passa, realmente temos que reconhecer que mesmo sendo mais do mesmo será um lançamento de muito peso.
Mas o ponto alto (e o que todos realmente esperavam, cochilando nas cadeiras) era o novo God of War. E ele veio acompanhado de uma orquestra e muita mas muita pomposidade. Bom o que dizer? O jogo é downgrade, gráfico claramente de uma geração passada (em comparação com Anthem, da Bioware, perdeu feio) mas a nova história feita pelo Estúdio Santa Monica é plausível e uma atualização interessante. Muitos mas muitos msm vão torcer o nariz, afinal não é mais um jogo hack n slash e sim algo próximo a Skyrim, com um apelo a cultura nórdica (realmente até eu curti) mas me pergunto se esse não será um ponto final na franquia. A influência de The Last of Us (ausência muito sentida) é muito forte com a adoção de um filho para Kratos. O próprio não é mais o mesmo, está mais velho e realmente com a aparência de um guerreiro de longas batalhas. Isso fora a preocupação com o cub. Lembrou muito e muito msm, Ito Ogawa o Lobo Solitário. Kratos não tem mais a corrente amaldiçoada, trocou por um modesto machado. Bom é esperar pra ver.
Apesar do gráfico, o apelo faz o novo GOW ser esperado
O saldo geral foi de decepção. Apesar dos jogos novos (vale também frisar o novo Spiderman) a Sony desrespeitou seus fãs. Uma conferência de apenas uma hora, com pouquíssimos jogos, e com uma temática infelizmente que se perdeu no tempo. Jogos fáceis com poucos comandos e quase nenhuma interação, fizeram que o marketing negativo da zaibatsu contra os concorrentes se tornasse um veneno que se virou contra o feiticeiro. Todos os jogos com data muito avançada de lançamento em um console que não possui nenhuma retrocompatiblidade, nem mesmo com a geração passada. Isso fora o fato de que não há nenhuma representação no nosso país sendo muitas vezes o console mais claro (certo perde agora para o Switch da Nintendo mas eles já tem 4K e uma proposta revolucionária), isso fora o duvidoso contrabando que faz a festa com o console da empresa, sério Sony...acho que tá na hora de revisar isso ai.
Pra continuar tivemos mais uma soft independente, a Ubisoft. Amada e odiada pelos jogadores (XD), a softhouse (que eu gosto) fez uma apresentação tranquila e do nível até acima do esperado. Jogos pra todos os gostos, de Just Dance, passando pelo ótimo Assassins Creed - Origins e o muito esperado Far Cry 5 com suas críticas pesadas ao fanatismo desfilaram pela tela juntamente com parcerias com a Nintendo no novo game do Mario. A soft calou a boca de muito crítico com uma gama de jogos e bom jogo de cena em palco.
Muitas críticas ao fanatismo e muita polêmica
Tesouros do Egito Antigo
Faltava mais uma. Veterana dos games, a Nintendo não decepcionou seus fãs. Com o misto de portátil e console Switch, a old soft mostrou pra todo mundo que sim, Mario, Samus e sua galera vão continuar em cima por muito tempo. Com uma apresentação sem churumelas, e direta, a empresa foi aos poucos revelando o poder de seu pequeno notável, que apesar de caro, é fantástico. Em poucos instantes os melhores jogos da franquia foram ganhando novas versões. Destaque total para a inacreditável parceria com a Microsoft (o Crossout) em alguns jogos multi e seus vários exclusivos, como o retorno da heroína Samus em mais uma aventura intergalática.
Samus está de volta com o msm charme de sempre
A Nintendo deu uma aula na Sony. Além de ser desencanada e mostrar serviço de verdade, os japoneses deram uma aula de humildade. A soft mostrou por que tem fãs tão aficcionados com jogos bonitos, se não de gráficos estonteantes, mas muito funcionais. Vale falar aqui também do novo Metroid Prime (esse realmente promete), Fire Emblem com dois novos títulos (pra quem gosta de estratégia, um prato cheio) e indies muito bem selecionados (e ai, quer dizer que indie não faz console). Ou seja a Nintendo talvez taí pra mostrar que tradição tb pode andar junto com inovação. Longa vida ao Switch.
Bom foram 4 dias de maratona.
Jogos pra todos e de todos os gostos. Foi um prazer acompanhar isso e trazer pra vocês essa retrospectiva, que mais uma vez me dá um orgulho danado (eu que comecei no atari) de estar aqui com condições para comentar tudo isso. Pra terminar galera deixo vocês com a minha seleção final, e vamos ver o que nos aguarda ano que vem.
Metro Exodus (gráficos estonteantes)
Ori and the will of the wisps (foda)
Cuphead (visual retro e chamativo)
Fire Emblem Fates (old school is on)
Sea of Thieves (uma boa surpresa)
X1. Se tiverem outras sugestões de games, ponham as fotos nos comentários rs
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