Um pouco de raiva... para começar.



            Boa noite.
            Já tem muito tempo que queria dar uma reformada no blog, visto que finalmente tive a oportunidade de ter esse tempo. A partir desse ano teremos algumas novidades.
            Primeiramente, os textos passarão a ter o alinhamento justificado. Por questão de estética e um pouco de revolta quis que os textos tivessem um alinhamento caótico, algo que combinasse com a anti-estética do site. Porém nós crescemos e com isso, passamos a querer ser mais levados a sério. Por essa razão os textos novos sairão com uma direção mais séria.
            Por essa mesma razão resolvi diminuir a quantidade de palavrões nos textos, não é nada relacionado com uma suavização, afinal o senso de humor mórbido e cru continuará presente. Ainda serão textos malcriados e revoltados. Só que agora com uma ironia devastadora.
            Dedicarei esse post a algo que nunca tinha falado. Falarei sobre mim. Sobre a minha vida. Dividirei um pouco de minha alegria e angústia com vocês. Afinal são 4 anos de postagens.
            Meu nome é Marcos Roberto Neves, moro em uma cidade satélite de Brasilia, há mais de 25 anos. Fui criado em São Paulo Capital. Morei em um prédio que lembraria fácil um livro de terror, daqueles de Stephen King. Tinha 7 andares, e cada um com uma história. Cheguei a Brasília em 1990, vindo parar em um povoado, uma invasão chamada de Vila São Sebastião onde moro até hoje. Pelo texto vocês já devem ter sacado que tenho uma relação de amor e ódio com a cidade. É por ai.
            Mas o foco não é esse. Como eu disse lá em cima, é um pouco de raiva para começar. Não sou santo, nunca tive a vontade de ser. Sou falho e errático mesmo e nunca me preocupei muito com minhas imperfeições. Por minhas andanças e infantilidades eu fui cruelmente punido, e há mais ou menos dois anos fui lançado ao chão rumo ao chiqueiro de porcos, e quase, tiraram tudo o que eu tinha.
            Minha vida virou em upside down. Tudo virou ao avesso. As pessoas em que confiava de uma hora para outra arquitetaram a maior traição que um homem poderia sofrer. Não foi uma faca nas costas. Foi o faqueiro inteiro. Por causa de uma vingança pessoal, me vi cercado, de uma hora para outra, com todos apontando dedos em riste para mim, pessoas que um dia foram do meu círculo social. De uma hora para outra me tornei um pária.
            Falei a respeito disso em outras postagens, mesmo não sendo direto. Mas como nessas horas retiramos força de além onde, reergui meu ciclo de amizades. Fiz novos amigos, que me auxiliaram em um dos momentos mais negros que já passei. Mas o pesadelo ainda não tinha acabado.
            Não satisfeitos em quase me retirar tudo, começaram a me por sobre vigilância, talvez por medo de eu me levantar e estragar o parque de diversões deles. Tentaram corromper, em vão, pessoas próximas a mim e a meu novo círculo de amizades. Me rotularam como careta, tentaram me desestabilizar no meu trabalho. Enfim fizeram da minha vida um inferno.

            Mas como o ditado diz: quem com ferro fere...com ferro será ferido. Estou quebrado financeiramente mas voltei a ter respeito de outras pessoas, a ter planos, e a ter amor próprio. Que com tudo isso eu havia perdido. Ironicamente essas mesmas pessoas com absoluta falsidade falam bem de mim pelas costas e até abertamente em redes sociais. Perdoei alguns. Mas nem todos. Para dizer a verdade...como a casa em que morei com meus pais, de tantas lembranças, foi demolida. Da mesma maneira foi o que sobrou de sentimentos por algumas pessoas que insistem em me rotular. O passado está soterrado por pilhas de entulho. E que fique lá.

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