Honra
“What´s
the billboard say: Come and play, come and play. Forget about the movement
Your anger is a gift”
RATM, “Freedom”
Esse
post tá saindo do parto mais complicado que já tive notícia.
A
guerra continua. Não contra pessoas mas contra um sistema falido.
Honra
é um contexto esquecido. Só grandes homens a tem.
E
isso não é conquistado com o dinheiro de sua carteira, nem com o seu carro, ou
as mulheres que você conquistou. Isso nasce e morre com você.
Tive
a sorte de ter um pai que apesar de não ter muito tato para a sensibilidade (tá
depois ele melhorou bastante) me ensinou a coisa mais importante para um homem:
honestidade. Ele sempre foi honesto e honrado. Perdi a conta de quantas vezes
discuti com meu velho, mas nisso eu nunca deixei de dar razão a ele. Muito mais
do que grana, o valor de um homem é a sua palavra.
Eu
sei, são palavras duras. E ai fica a pergunta de quem eu quero atingir.
Ninguém.
O
que quero com isso é provocar reflexão.
Esses dias atrás passei por um dos piores dias que já tive. Eu poderia ter ido em algum lugar,
e matar alguém com minha auto piedade ou depressão. Só que isso não resolveria meu problema.
Fiz meu mea culpa dias atrás (na verdade não tem nada de mea ali) e expus o que
sentia. Valeu. Me senti vingado. Agora é bola pra frente. O campeonato
continua.
Antes
de entrar em mais uma egotrip, temos que refletir os caminhos que estamos
trilhando. O país nunca viveu uma crise moral tão terrível como estamos
presenciando. A lama é tanta que se as tvs pudessem mostrar na realidade o que
passa nos jornais estaríamos nos afogando como aqueles refugiados das
enchentes.
Aí
poderia aparecer alguém e perguntar, “ei você espera mudar algo com esse
texto?”.
Não.
E nem com as músicas do Rage Against the Machine que gosto de ouvir. O que
quero é manter a chama acesa e demonstrar que como De Gaulle, a França não vai
se render. Pelo menos não tão fácil...rs.
Se
você chega para as pessoas e declara que eu não vou seguir as suas regras, você
tá dando a sua testa para ser batida. O cara que chuta o balde é sempre o alvo
favorito de quem se presta a esse fim. Eu já fui assim, mas mudei.
E
mudei por completo. Percebi o quão imbecil eu era e resolvi abandonar esse the
wall. Claro que isso não é nada fácil. A maneira como você trata as pessoas não
é a mesma como tratam você. Detalhe eu faço isso apenas para o que é
importante.
Claro
que essa overdose de sinceridade não agradou. Muitas pessoas se afastaram,
disseram que eu tinha ficado chato e intolerante (tenho dificuldades de
confiança realmente), que tinha perdido o tato social e que tinha virado uma
pessoa pior. A única coisa que rolou é que além das (muitas) confusões da minha
vida, eu me tornei mais seletivo e passei a escolher melhor as minhas amizades.
Não trocaria de forma alguma a pessoa sincera que sou hoje pelo cara do passado
(parece o vingador do futuro, não é).
A
minha base moral que recebi nos bons anos (e na tempestade também) fez de mim
uma rocha sólida. Hoje eu enfrento qualquer desafio. Aprendi a ser auto
suficiente por pior que isso seja e voltei a ser referência e não o que pede
auxílio. Frio? Talvez. Mas quando você passa pelo pior a mais forte nevasca
pode ser um período de profundo aprendizado.
Da
água para o vinho. Até o próximo post.
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