A musa dark cyberpunk

 Boa tarde galera, tudo certo com vocês? 

Já faz um bom tempo desde o último post. E vimos a desgraça que se abateu certo?

Mas eu resolvi hoje trazer algo de bom pras pessoas (já chega de tanta merda), ao falar da carreira meteórica de alguém que pode ser considerada a primeira musa Cyberpunk do Século XXI: a nova rainha do dark pop, a srta. Billie Eilish.

Falar dela é um pouco complicado. Se fala um monte dessa mina, e grande parte são apenas especulações. Seus fãs são fanáticos, e mexer com ela meu brother é mexer num vespeiro. Mas a real é que Billie é a primeira super artista do século, talvez comparada ao grande Kurt Cobain e a talentosíssima porém trágica Amy Winehouse, só que com um detalhe: Billie não é roqueira.

Seu estilo de música beira mais o hip-hop alternativo, com pegadas pesadas de (pasmem) trip-hop. Virtuose, usa um piano de cauda em suas apresentações e faz beat box com o seu espetacular vocal, que vai do soprano ao sussurro. Pra completar o estilo, ela usa uma moda própria com roupas longas, e viajadas, nada de mostrar o corpo. Seus clipes parecem que saíram dos anos 90, cheios de ironia, produção e simbolismo.

 Cuidado senão ela vai puxar seu pé.

Mas para falar um pouco sobre essa nova e ascendente estrela, temos que embarcar um pouquinho no seu passado (informações da Wikipedia gringa, eu apenas vou editar). Já começa pelo seu nome, Billie Eilish Pirate Baird O'Connell, nascida em vitro (sim inseminação artificial) na cidade de Los Angeles dos pais Maggie Baird (uma professora, atriz e escritora de cenas) e Patrick O'Connell também ator, tendo participado do filme Homem de Ferro da Marvel. Ela é descendente de irlandeses e escoceses (ou seja, tá no sangue), Billie teve educação em casa (homeschooling) e junto com seu irmão Finneas (já falo dele) receberam dos pais aulas de composição e atuação. O resultado disso foi que Billie já estava no Coral de Crianças de Los Angeles aos oito anos de idade. 

Sua primeira música, "Ocean Eyes", composta por seu irmão Finneas estourou em 2015. Eilish foi uma das primeiras cantoras de peso a integrar a plataforma independente SoundCloud e daí para o sucesso foi um pulo. No ano seguinte ela integrou o selo The Darkroom, um selo que respondia a gigante Interscope Records (Limp Biskit, Nine Inch Nails entre outros), descendo a ladeira o sucesso era certo. Em 2017, ela ganhou o mundo através de 13 Reasons Why, série polêmica da Netflix e já em julho após lançar na net três singles ("Bellyache", "Bored" e "Watch" seguido da cultuada "Copycat") mandou a bolacha Don't Smile to Me, o primeiro EP que fez os críticos se renderem ao seu novo estilo, não somente de divulgação (já falo disso) mas ao seu extremo bom gosto musical.

 Daí pra o estrelato total, foi um pulo. após ser comparada a sua musa inspiradora, Lana Del Rey, Billie começou a fazer uma apresentação atrás da outra, e estando no SoundCloud agora tinha um contrato com o Spotify (ao contrário que possam imaginar, NÃO SÃO RIVAIS, são duas plataformas musicais diferentes, eu mesmo tenho os dois e não reclamo) e com ele correu mundo, mas 2018 estava bem ali.

 

Olha bem pra essa imagem. Isso resume o diferencial de Billie.

Tudo aconteceu muito rápido mas vou colocar aqui os pontos principais. Por incrível que pareça a assessoria de Billie ao capturar oportunidades é afiadíssima, uma de suas melhores músicas, "You Should See Me in a Crown" bombou por fazer parte do FIFA 19 (ainda acham que não é importante?) e na série de tv Euphoria, inédita no Brasil. Em Janeiro de 2019 o seu EP bateu a marca de chegou a UM MILHÃO de streams no Spotify. Um sucesso estrondoso. 

Mas o pior (ou melhor) estava por vir. Seu album de estréia (ou segundo já que no Brasil não há diferença entre CD e EP) When We All Fall Asleep, Where We Go?, chegou chutando de sola todo tipo de barreira que ainda pudesse haver a rebelde e virtuosa nova artista. "Bad Guy" chutou todos os tipos de tabus possiveis, e trouxe a ironia e a provocação como arma. Billie é cirúrgica, a letra é simplesmente uma carta bomba, e fica longe de músicas mais bobas e apaixonadas como "Wish You Were Gay", desse mesmo disco por exemplo. 

Alíás daria pra fazer um post inteiro só sobre essa música. Seguindo o estilo, "você é mau? Eu sou pior!", Bad Guy além de ter um refrão com uma mistura de trip e ASMR (falo sério, é hipnótico) simplesmente acaba em uma música só com a geração Eminem, elas também podem ser selvagens. E falo sério é a musica mais pesada desde "Blind" do Korn e "Smells Like Teen Spirit", mesmo não sendo técnicamente rock. São apenas 3 minutinhos, mas que passam totalmente o recado. O resultado foi o prêmio de Mulher do Ano da Billboard e 4 Grammys já no primeiro disco, algo que para uma dupla (sim são dois) de compositores, é algo espetacular.

Mas ai vem o título do post, por que ela é cyberpunk? Billie é um novo tipo de artista que não liga se você não tem a grana pra pagar por suas músicas. Baixe! Ela não liga. Tem n plataformas para você conseguir o seu material e ela não se importa em dividir, detalhe, TUDO. Aliás tem até versões dela cantando músicas do Nirvana. Tanto no Sound ou no Spotify tem todas as suas músicas, e todos os seus clipes são facílimos de ser achados. Como ela fala em "You Should See Me in a Crown", ela vai passar a ripa na sua cidade com sua música sombria, aliás ela fez uma parceria inacreditável com o ilustrador japa Takeshi Murakami que conseguiu fazer um clipe melhor ainda que o polêmico original.


E sim eu to fazendo propaganda de graça.

Sem sacanagem, essa mina não é um Eminem de calças folgadas mas sim um Johnny Silverhand, e não por que ela foi convidada e vai fazer parte da trilha sonora do game Cyberpunk 2077, mas por suas brilhantes adições a musica atual. Billie arrastou o sucesso das plataformas musicais shareware, e aparentemente veio pra ficar. Além de trazer da sepultura o gênero darkwave, sucesso com bandas como Joy Division e Bauhaus. E tudo isso feito por duas pessoas que tem uma caralhada de problemas de saúde, é um feito e tanto. Graças ao empreendedorismo da Srta Eilish, nunca houve tanta visualização de apps que na maioria das vezes FORNECEM BOA MÚSICA DE GRAÇA. Billie você tem mais que dominar mesmo, gente como você tem mais é que tomar o mercado.


X1. https://www.instagram.com/p/CF9jATYJKsH/?utm_source=ig_web_copy_link

Sim galera eles estão voltando, mesmo com a covid, o mundo da música respira.

Good vibes. 


 

Comentários

  1. Eu não sou muito de comentar meus próprios posts, mas cara eu fui um dos caras que acompanhei nos anos 90 a crise do Napster, que foi o primeiro desses grandes apps de compartilhamento de arquivos de audio. Ver a Billie pegar a discografia dela inteira e jogando de graça na internet demonstra a sabedoria dessa garota. Ela nem espera a pirataria, ela faz isso sozinha e o resultado tá todo mundo vendo ai. É de aplaudir de pé o seu exemplo, totalmente adequado aos tempos mais tranquilos de hoje.

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