Seja como Lemmy

Boa noite.

      Último post do ano e é claro digo a vocês que 2015 foi um dos anos mais paus no cú que já vi na minha vida. Se você é mais um daqueles modinhas dos infernos que saem por ai, disparando, "eu odeio o rock!", por favor sai daqui já por que esse post não é pra você.

      Há duas noites atrás o rock levou mais uma pá de cal. Pá de cal por que graças a falta de incentivo de grande parte da mídia mundial que condenou o estilo ao ostracismo. Sorte nossa.

      Ian Lemmy Kilmister foi um dos precursores em sua arte. Foi roadie de nada menos que Jimi Hendrix e com ele com certeza aprendeu os paranauês. Ao montar sua primeira banda o Hawkind (precursor do Motorhead) em meados dos anos 70 quando a musica era recheada de psicodelia e não tinha peso, ele quebrou os paradigmas, inclusive um empresário que disse a música dele, o autentico heavy metal com pitadas de punk das ruas, jamais faria sucesso e que ninguém compraria seus albums por que ele era muito feio. HAHAHA...mal sabia ele.

     Pois é. Depois de mais de 30 anos de banda e 20 albums lançados. Motorhead se tornou um ícone dentro e fora dos palcos. O cara esbanjava profissionalismo, sendo um disco mais foda que o outro. Ouvir motorhead é como ouvir uma bolacha dos ramones, ou ac/dc, você sabe que o bagulho é de alta qualidade. Música boa, com muita guitarra, pesada no timbre certo, não pirar com o som é praticamente impossível.

      Isso também por que Lemmy era sincero ao cubo em suas letras, vociferava criticas contra a política, organizações, e divulgava em alto e bom som o seu modo de viver: que se dane a sociedade.

     Estamos terminando mais um ano. Repito: um dos piores da história. Principalmente para nós brasileiros. Precisamos de mais gente como Lemmy, que diga o que precisa ser dito, viva cada dia como se fosse o ultimo dia na terra, que tenha lealdade a suas propostas e seus amigos, que seja louco também, por que já chega de tanta politicagem correta. É por isso que sua morte vai ser muito sentida. Lemmy era macho com m maiúsculo e fiel, totalmente fiel a suas crenças e idéias. Era um ser humano inquieto.

       Morreu como apenas os grandes se vão. Ao lado dos amigos, família e consciente de que deixou um enorme legado para as gerações futuras. Como Elvis, Hendrix, Morrison e por que não Joey Ramone (grande amigo dele) e Kurt Cobain.

       Enfim com essas palavras eu fecho meus trabalhos esse ano. A página vai continuar, com esse espírito inquieto que as musicas dele representavam, esperem por mudanças. Uma ótima passagem a todos vocês.